O que está cientificamente estabelecido de mais relevante sobre o Boswellia / Frankincense / Incenso
- Gisele Fontes
- 27 de jul. de 2019
- 4 min de leitura
Com a chegada da DōTerra ao Brasil pelo esquema de Markering Multinível ou Marketing de Rede, que possibilita a muitas famílias o acesso a óleos essenciais com certificação internacional, a comunidade da síndrome de Down começou a se organizar para criar uma rede de famílias que facilitem o acesso de outras famílias a esses produtos, especialmente porque há, na empresa, um protocolo específico para a síndrome de Down. O Comuna Diversa iniciou então a busca por informações que respaldem a indicação dessa prática terapêutica, a partir dos óleos que compõem o protocolo da síndrome de Down. O primeiro deles foi o Boswellia/Frankincense/Incenso/Olíbano e abaixo temos o que há de mais relevante publicado sobre o tema, que se relacione com as demandas específicas da síndrome de Down: Na tradição Cristã, diz a Bíblia que o Frankincense (incenso) foi um dos presentes dado a Cristo pelos Reis Magos. Essa narrativa demonstra não apenas a relevância que este óleo essencial possui historicamente, como atribui ao mesmo, chamado de “rei dos óleos”, o interesse da investigação científica em torno das práticas curativas adotadas com seu uso em várias sociedades.Em 1996, estudo alemão realizado com 260 pacientes constatou os efeitos positivos do Boswellia (Frankincense/Olíbano) na atrite reumatoide e em 2002, outro estudo alemão concluiu pelos efeitos positivos do Frankincense nas doenças inflamatórias crônicas, afirmando que este efeito ocorre porque o óleo possui ácidos que inibem a biossíntese de leucotrienos, inibem a elastase de leucócitos e inibem a proliferação de células de leucoma e de glioma, induzindo a apoteose dessas células cancerígenas. A ação desses ácidos, portanto, produz efeitos benéficos em doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, colite crônica, colite ulcerosa, doença de Crohn, asma brônquica e edema de cérebros peritumorais.
Hoje, sabemos que em razão da desregulação do microRNA155 (entre outros fatores), desregulação essa que é consequência da T21, existe um processo inflamatório crônico associado à SD. Ou seja, todas as pessoas com T21 apresentam inflamação crônica em alguma intensidade. Portanto, os efeitos do óleo de Olíbano (Frankincense) no combate à inflamação crônica são muito relevantes para a T21. Ademais, as outras situações relatadas em que a ação do óleo de olíbano é positiva, são bastante recorrentes na SD. As publicações mais relevantes sobre essas outras situações são: - Estudo de 2011, específico sobre a ação do óleo de Olíbano na doença de Crhon
- Estudo de 2001 específico para a colite crônica ;
- Estudo de 1997, específico sobre a colite ulcerativa ;
- Estudo de 2007 específico sobre colite colagenosa ; - Estudos de 1998 e 2012 específicos para a bronquite asmática ;
- Estudo de 2018 específico sobre asma ;
- Estudos de 2009, 2010, 2011 (2), 2013 e de 2017 específicos sobre seu potencial anticâncer ; - Estudo de 2011 sobre a eficácia na redução do edema cerebral no câncer de cérebro
- Estudo de 2012 (com ratos) sobre a eficácia na modulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) e na influência da expressão gênica do hipocampo, levando a efeitos comportamentais benéficos que apoiam seu potencial como um novo tratamento de transtornos depressivos ;
- Estudo de 2010 (com ratos) sobre os efeitos benéficos no déficit de memória decorrente de hipotireoidismo ;
- Estudo de 2016 (com ratos) sobre os efeitos no Alzheimer ;
- Estudo de 2016 (com ratos) sobre aspectos neurocognitivos no envelhecimento
- Em 2003 estudo clínico indiano, controlado, duplo cego e randomizado concluiu pelos efeitos positivos da Boswellia na osteoartrite, resultado também apontado por revisão de 2016 e por meta análise de 2018 ;
- Revisão de 2004 relacionou estudos in vitro e com ratos modelo que constataram que os ácidos do óleo de Olíbano podem ser tão eficazes quanto os antiinflamatórios não esteróides (NSAIDs) e com menos efeitos colaterais negativos . Essa potente ação anti-inflamatória dos ácidos presentes no óleo de Olíbano é confirmada por uma revisão indiana de 2009 e por outro estudo alemão de 2011. - Estudo polonês publicado em 2016 conclui sobre o Frankincense: “Estudos contemporâneos mostraram que a resina realmente tem efeitos analgésicos, tranquilizantes e antibacterianos. Do ponto de vista das propriedades terapêuticas, os extratos de Boswellia serrata e Boswellia carterii são particularmente úteis. Eles reduzem as condições inflamatórias no curso do reumatismo, inibindo a elastase dos leucócitos e degradando os glicosaminoglicanos. As preparações de Boswellia inibem a 5-lipoxigenase e previnem a liberação de leucotrienos, tendo assim um efeito anti-inflamatório na colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável, bronquite e sinusite. A inalação e consumo de Boswellia olibanum reduz o risco de asma. Além disso, os ácidos boswellicos têm um efeito antiproliferativo nos tumores. Eles inibem a proliferação de células tumorais do subconjunto de leucemia e glioblastoma. Têm um efeito antitumoral, uma vez que inibem a topoisomerase I e II-alfa e estimulam a morte celular programada (apoptose).” Todos os efeitos indicados no estudo acima são de extrema importância para a síndrome de Down. Efeitos analgésicos, tranquilizantes e antibacterianos são importantes para todos, mas, como já dito no início do texto, os efeitos anti-inflamatórios no reumatismo, nas situações intestinais, nas situações envolvendo o aparelho respiratório e ainda o efeito sobre os leucócitos e sobre a proliferação de células cancerosas na leucemia são de extrema importância para as pessoas com SD, em razão da maior recorrência dessas questões na comunidade com T21 e em razão da inflamação crônica associada à SD. Não obstante, os outros efeitos também têm sua importância, como a propriedade antibacteriana na cavidade oral, gengivite. (2). Diante da alta incidência de gengivite e periodontite na população com T21 e das recentes descobertas sobre a relação entre estas situações e o mal de Alzheimer, o Frankincense se coloca como uma alternativa não invasiva muito interessante para o combate a mais esta situação recorrente associada à SD.
Em conclusão, apenas pelos estudos já realizados com humanos dentro dos critérios da medicina baseada em evidências (controlado, duplo cego, randomizado, ou seja, padrão ouro) temos que o óleo pode ser considerado como uma alternativa de auxílio no controle da inflamação crônica inerente à T21, além de um importante auxílio no combate às inúmeras situações de alta recorrência entre as pessoas com T21. Se tomarmos em conta os estudos realizados com animais modelo e in vitro, o leque de possibilidades se amplia.
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