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Entrevista com o Dr. Rafael De La Torre (Parte 1). Qual o papel principal do EGCG para a T21?

  • Gisele Fontes e Rogério Lima
  • 31 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Durante a Conferência de 2019 da T21 Research Society, ocorrida em Barcelona, o coletivo formado pelo Singularidade Down, Comuna Diversa e Associação Pais 21 de Portugal teve a oportunidade de entrevistar brevemente o Dr. Rafael De La Torre, que coordena o grupo de pesquisa sobre os efeitos do EGCG na T21 na Espanha.

Dividimos a entrevista em blocos, um para cada pergunta, porque as respostas são em espanhol e por isso os vídeos serão acompanhados de um breve texto com o resumo das respostas.

Eis o vídeo da primeira pergunta, em que o Dr. De La Torre explica em resumo que após buscar em muitos genes que poderiam explicar o fenótipo cognitivo das pessoas com síndrome de Down, se concluiu que o DYRK1A é capaz de praticamente, reproduzir todo esse fenótipo cognitivo e como este gene é um codificador de quinases, após a investigação de quatro ou cinco compostos capazes de inibidor ou modular essas quinases, se concluiu que o EGCG, uma epigalocatequina do chá verde. Quando o EGCG foi testado em modelos animais trissômicos, se viu claramente uma melhora cognitiva e uma mudança na morfologia e volume cerebrais, em razão da relação do DYRK1A com a neurogênese. E por ser um produto natural, de baixa toxicidade e portanto, seguro, rapidamente se poderia aplicar em humanos, quando começa a história da utilização do EGCG em humanos, em estudos controlados, ensaios clínicos que mostraram que sim, realmente esse composto era interessante porque melhorava aspectos cognitivos das pessoas que o tomavam, mas também aspectos funcionais de suas atividades diárias, o que para o entrevistado é mais importante do que uma função cognitiva melhor, porque se traduz em uma mudança na vida e no dia a dia das pessoas.

(Uma explicação didática sobre este ponto pode ser encontrada na tese de Doutorado em Ciências defendida em 2015 pelo pesquisador Felipe Dias Leal perante o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro.: “A família DYRK contém cinco subtipos: 1A, 1B, 2, 3 e 4. Entretanto, apenas o gene da DYRK1A está localizado no interior do cromossomo humano 21, precisamente, na região crítica da Síndrome de Down (SD) (BECKER; JOOST, 1999; GUIMERÁ et al., 1996). A família DYRK mantém alta similaridade entre as sequências de aminoácidos em diferentes espécies. A DYRK1A humana mantém 99% de conservação com as homólogas de ratos e camundongos, possuindo bons modelos experimentais para estudos de atividade e de participação em processos biológicos (MARTÍ et al., 2003). A DYRK1A é uma proteína quinase capaz de catalisar a fosforilação de resíduos de serina e treonina em substratos proteicos exógenos, assim como a sua autofosforilação em resíduos de tirosina presentes em seu segmento de alça de ativação (HIMPEL et al., 2001; KENTRUP et al., 1996). Estudos indicam a participação desta enzima no desenvolvimento anormal do cérebro, levando a uma deficiência intelectual na SD (HÄMMERLE et al., 2003; PARK; SONG; CHUNG, 2009) e, também, no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como a DA (FERRER et al., 2005).

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