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Cobertura do segundo dia do V Congresso Íbero-americano sobre síndrome de Down

  • Gisele Fontes
  • 30 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

O segundo dia do Congresso teve início às 8:30, quando pudemos acompanhar a conferência de María José Paíz Arias (Majo), autogestora (ou autodefensora) nascida na Guatemala, mas que atualmente reside no Panamá e tem dupla nacionalidade, Panamenha e Guatemalteca. Majo é Bacharel em Humanidades e universitária. Representou o Panamá na Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência na ONU em 2016 e é influenciadora digital premiada em seu país e representa a Fundação Down Panamá.

Majo apresentou a Conferência “Assim sou eu, tão normal é tão diferente como tu”, no Painel “Modelos de êxito de vida independente”. A conferencista iniciou sua fala narrando sua trajetória pessoal de construção da autoestima e do autovalor, desde a infância, em que sofria por ter síndrome de Down e queria “ser uma pessoa normal”, passando pelo bullying, até a compreensão e conhecimento de si mesma, o que lhe traz orgulho de muitas coisas em si, dentre elas sua deficiência. Formou-se na escola regular e obteve o título de Bacharel em Humanidades. É atriz e já participou de três musicais. Participou do premiado Documentário “É hora de namorar”, pelo qual recebeu uma menção de reconhecimento em Cairo, no Egito, em 2018. Representou o Panamá na Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência de 2016. Atualmente cursa Comunicação Audiovisual com Ênfase em Produção de Radio e Televisão na Universidade Interamericana do Panamá. Diz que a Universidade não é fácil, mas vale a pena. Está aprendendo muito, trabalhando em equipe e afirma que aprende sim, com um pouco mais de tempo e com adaptação de material.

Disse literalmente - eu posso, levantando o braço em sinal de força, recebendo muito aplausos da plateia. Majo possui um blog, “Según Majo”, hospedado no periódico La Prensa, do Panamá, que já tem 8 milhões de reproduções de seu conteúdo, onde aborda temas diversos, mostra ao mundo que todas as pessoas têm capacidade e busca a efetivação da inclusão, que diz ser o maior objetivo de seu blog, pois entende que, através da inclusão, todos podem alcançar os seus sonhos.

Ao sem encaminhar para a conclusão de sua fala, Majo deixa as seguintes mensagens: “há quem veja a pessoa com síndrome de Down e sinta pena...isso nos limita”; “eu vejo que quem nos vê com pena, o faz por ignorância”; “não vejam a deficiência, vejam a pessoa”; para ter uma sociedade inclusiva, é importante ver além da deficiência”. Sim, se pode! E conclui sobre a síndrome de Down: - não é uma doença ou uma incapacidade; - Oxalá nos vejam com nossas capacidades, que são muitas mais que as incapacidades; - todos em algum momento são confrontados com um desafio para o qual não estão preparados. Isso lhes faz diferentes? Incapazes? Não produtivos? O melhor depende das atitudes e das oportunidades que lhes dão para superar os desafios.

Majo resume, por fim, o que entende ser o caminho para a vida autônoma de que trata sua conferência: - necessitamos de atenção afetiva, educativa e social desde que somos bebês; - isso influencia muito no desenvolvimento das nossas habilidades - é importante o trabalho em cada porque geralmente a sociedade põe em dúvida nossa capacidade; - mas nossas famílias são nosso pilar principal.

Majo inicia, então, o relato é exibição de imagens de sua história familiar até o momento, apresentando seus pais, irmãos, primos, seu noivo e falando dos planos de casamento, da vontade de constituir uma família e das certezas e sentimentos envolvidos nestes planos.

 
 
 

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