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Entrevista com o Dr. Rafael De La Torre (Parte 2).

  • Gisele Fontes e Rogério Lima
  • 2 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

Qual a evolução na compreensão do uso do EGCG em pessoas com T21 desde suas publicações de 2014 e 2016 até os dias atuais?

Continuando o compartilhamento da entrevista com o Dr. Rafael De La Torre, realizada durante Conferência de 2019 da T21 Research Society, ocorrida em Barcelona, eis a segunda parte:

Sobre a evolução perguntada, no primeiro estudo, de 2014 (Fase 1), ficou estabelecido que o EGCG possuía baixa toxicidade e presumivelmente poderia ter algum efeito cognitivo em pessoas com síndrome de Down. Foi um estudo com apenas 30 pessoas, 15 tratadas com EGCG e 15 no grupo controle, em que se viu que o composto era seguro e que algumas funções executivas, como memória de trabalho e outras, melhoraram.

A Fase 2 contou com 90 pessoas e constatou que a combinação de EGCG com estimulação cognitiva, tal qual apontaram os resultados de estudos com modelos animais, potencializa seus efeitos.

O EGCG modula uma quinase. Esta quinase, vamos imaginar que seja um quadro de interruptores e quando tocamos nessa quinase estamos ativando muitos processos de forma simultânea. A enzima codificada pelo gene DYRK1A catalisa a fosforilação de muitas outras proteínas e por isso se explica porque um único gene pode atuar de forma tão variada. O que ocorre no cérebro das pessoas com SD é que os neurônios não estão bem conectados e os processos cognitivos pressupõem a existência de uma rede bem conectada de neurônios. O EGCG facilita está conexão. Isto se chama plasticidade sináptica, mas, para que isso funcione é necessário estimular o cérebro. O EGCG facilita que os estímulos recebidos do meio ambiente sejam processados cognitivamente, por isso a relevância da estimulação cognitiva.

Eis os estudos citados durante este trecho da entrevista: 1 2

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