ENTREVISTA COM A DRA ROSA ANNA VACCA - PARTE III
- Gisele Fontes e Rogério Lima
- 5 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Neste terceiro bloco da entrevista com a Dra Rosa Anna Vacca, o Rogerio Lima pergunta sobre um segundo estudo clínico que conta com a participação da pesquisadora, sobre os efeitos de um precursor do resveratrol, a polidatina, em pessoas com síndrome de Down.
Dra Rosa Anna Vacca explicou que o resveratrol possui uma biodisponibilidade muito, muito baixa. Apenas 1% do resveratrol ingerido chega à corrente sanguínea porque não ultrapassa a barreira intestinal e também porque é facilmente metabolizado em diferentes metabolizações. Em crianças essa situação é agravado pela presença de problemas gastrointestinais.
Dra. Rosa faz referência a um produto nanoencapsulado atualmente disponível no mercado que é muito efetivo quanto à biodisponibilidade (ou seja, que melhora muito a biodisponibilidade da molécula de resveratrol), mas que tem um custo relativamente alto, o que o torna pouco acessível (nota do Singularidade Down: este produto é o transreverastrol). Por essas razões (biodisponibilidade e custo) a polidatina, um precursor do resveratrol que existe na natureza, se revela muito interessante, porque é como o resveratrol, mas com um glucosídeo a mais em sua estrutura e esta molécula de glucose lhe permite atravessar mais facilmente a membrana celular e a barreira intestinal. A polidatina não é bioativa porque é um precursor, mas é convertida na forma bioativa totalmente biodisponível do resveratrol.
Em seguida a Dra Rosa Anna Vacca informa sobre os estudos clínicos referentes ao uso da polidatina em humanos e a dosagem utilizada, momento em que Gisele Fontes, que não aparece nas imagens, faz referência à dosagem de resveratrol comumente utilizada na suplementação de pessoas com síndrome de Down, permitindo à Dra Rosa Anna que reforce a distinção entre as duas moléculas, inclusive no caso do transresveratrol, ao que a Dra. Rosa Anna Vacca reforça que a mesma dosagem de polidatina e resveratrol não se equivalem por causa do fator biodisponibilidade, pois, enquanto a polidatina é totalmente biodisponível, o resveratrol tem baixíssima biodisponibilidade.
Por fim, a Dra Rosa Anna Vacca explica sobre o estudo clínico que está acontecendo na Itália para documentar os efeitos da dosagem de 2 mg por quilo ao dia de polidatina em pessoas com síndrome de Down de 20 a 50 anos, onde já foi constatado que é bastante seguro e tolerável, não se observando nenhum efeito colateral. Além disso, há um lá melhora do perfil lipídico (triglicérides).
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