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Como mensagem para 2019, o Comuna Diversa quer alertar sobre o significado e a importância das cotas

  • Gisele Fontes
  • 31 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Nessa época de ameaças às políticas públicas voltadas às garantias dos direitos das minorias, é importantíssimo demonstrar que essas políticas públicas, como as cotas para o mercado de trabalho, precisam existir porque o capacitismo é estrutural na sociedade e, se nada for feito, o capacitismo sistêmico sempre levará ao empobrecimento das pessoas com deficiência.

As cotas para o mercado de trabalho para as pessoas com deficiência não existem porque pessoas com deficiência precisem de benefícios na forma de proteção estatal, mas sim, porque o capacitismo no mercado de trabalho precisa ser eficazmente combatido pelo Estado.

A preocupação com os direitos das minorias afeta também os países mais ricos, como vemos publicação da Campell Plant para o site the mighty: "Os empregadores geralmente buscam a capacidade de superar a adversidade. Eles querem indivíduos que sejam positivos, motivados e resilientes. Eles querem as habilidades e os traços que as pessoas com deficiência desenvolvem para sobreviver. Então, por que quase 60% das pessoas com deficiência nos Estados Unidos estão desempregadas, mais que o dobro da taxa de pessoas sem deficiência?"

E mesmo no ocidente "progressista" as pessoas com deficiência sofrem devido às medidas de austeridade, como completa Campell Plant: "Tome o Reino Unido como exemplo. É a quinta maior economia do mundo e Londres é um centro financeiro global. Tem os recursos econômicos e as capacidades para transformar a vida das pessoas com deficiência, mas, em vez disso, o governo toma decisões políticas que beneficiam os ricos e negligenciam os grupos vulneráveis. Atualmente, um quinto da população do Reino Unido vive na pobreza e quase metade dessas pessoas são de famílias que incluem alguém com deficiência. Isso é 6,9 milhões de pessoas que não apenas têm que lidar com as dificuldades que vêm com a deficiência, mas também estão lutando para pagar suas contas e fazer sua próxima refeição."

Um relatório de 24 páginas sobre pobreza extrema no Reino Unido (que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra no próximo ano) destaca como as coisas se tornaram terríveis para todos os grupos vulneráveis ​​no Reino Unido. Foram relatados a redução de 72,5% dos gastos relacionados ao bem-estar entre 2013 e 2018. Com o Brexit no horizonte, é improvável que as coisas melhorem em breve.

O professor Philip Alston, que escreveu o relatório da ONU, disse que “a pobreza é uma escolha política”. Então, nesse último texto de 2018, convidamos a todos a nos unirnos e refletirmos nas palavras de Campell: "Aproximadamente 15% da população mundial está incapacitada. Isso é mais que suficiente para influenciar a sociedade a adotar políticas mais progressistas e inclusivas. É hora de encontrarmos nossas vozes. Unidos, podemos mudar a história e mostrar ao mundo como somos grandes. Juntos, acredito que podemos virar a mesa para cada grupo minoritário explorado." Feliz 2019!

 
 
 

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