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Mas, afinal, como se formam as tais placas de proteína beta amiloides e os emaranhados neurofibrilar

  • Rogério Lima
  • 13 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Em posts anteriores, vimos que todas as pessoas com síndrome de Down desenvolvem progressivamente, desde a vida uterina, as placas de proteína beta amiloides e os emaranhados neurofibrilares que caracterizam a doença de Alzheimer. Mas, afinal, como se formam essas placas e emaranhados?

Entender a sua formação é uma etapa muito importante para, em um momento posterior, decidir sobre condutas possíveis. Então vamos em busca desse entendimento. O vídeo abaixo é um dos vídeos que o Rogério Lima, colaborador do Comuna Diversa, utiliza em suas aulas e palestras sobre o metabolismo da pessoa com T21. O vídeo nos permite entender melhor a dinâmica da formação das placas e emaranhados a partir da visualização dessas estruturas através de uma animação, acompanhada de uma explicação.

Fizemos a tradução do áudio:

(O vídeo inicia com uma afirmação sobre a importância da neurotransmissão saudável para que o cérebro funcione bem. A partir daí começa a abordagem específica do assunto que tratamos): A doença de Alzheimer interrompe essa interação intrincada, comprometendo a capacidade dos neurônios se comunicarem uns com os outros. A doença ao longo do tempo, destrói a memória e as habilidades de pensamento. A pesquisa científica revelou algumas das mudanças cerebrais que ocorrem na doença de Alzheimer. As estruturas anormais chamadas de placas beta amilóides e emaranhados neurofibrilares formam as características biológicas clássicas da doença. Placas se formam quando as proteínas localizadas na membrana de celular dos neurônios são processadas de forma diferente.

Normalmente, uma enzima chamada alpha secretase corta a proteína precursora amilóide or APP, liberando um fragmento. Uma segunda enzima, a gama secretase, também corta a APP em outro lugar. Os fragmentos liberados são considerados um benefício para os neurônios. Na doença de Alzheimer, o primeiro corte é feito na maioria das vezes por outra enzima, a beta secretase, que, combinada com o corte feito pela gama secretase, resulta na liberação de fragmentos curtos de APP chamados beta amilóide. Quando estes fragmentos se aglomeram tornam-se tóxicos e interferem na função dos neurônios cada vez mais, à medida que mais fragmentos são adicionados a estes oligômeros, aumentando seu tamanho e tornando-os insolúveis, eventualmente, formando placas de beta amilóide.

Os emaranhados neurofibrilares são formados quando uma proteína chamada tau é modificada. Em células cerebrais normais, a tau estabiliza as estruturas essenciais para o sistema de transposição interna das células. A carga celular de nutrientes é transportada para cima e para baixo das estruturas chamadas microtúbulos e para todas as partes do neurônio.

Na doença de Alzheimer, a tau anormal se separa dos microtúbulos, fazendo com que eles se desprendam dos deus fios. Tais proteínas se juntam para formar emaranhados dentro do neurônio, desabilitando o sistema de transporte e destruindo a célula. Estes neurônios, em certas regiões cerebrais, se desconectam uns dos outros e, eventualmente, morrem, causando perda de memória. À medida que esses processos continuam, o cérebro encolhe e perde funções. Agora sabemos muito sobre as mudanças que ocorrem no cérebro com a doença de Alzheimer, mas ainda há muito a aprender.

Em postagens posteriores, daremos continuidade à abordagem do Alzheimer associado à síndrome de Down. Acompanhe!

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